The Traitors - Capítulo onze

X X

Capítulo onze  Amigos?

“Aquilo era maravilho e não queria mais sair dali. 

Samantha P.O.V's 
Era divertido ver como Niall estremecia quando eu estava perto. Não sabia ainda o que tínhamos, mas era legal e eu estava gostando demais. 
– Caramba, você me assustou! Onde estava? – ele disse, com as mãos no peito com a tentativa de fazer o coração desacelerar. 
– Me arrumando. – Ele me olhava de cima a baixo e seus olhos pararam no colar. 
– Belo colar. 
– Acabei de ganhar, você acha que meu pai está desconfiado de algo? Ele não costuma dar presentes caros do nada. 
– Só se você deu bandeira, eu não dei. 
– E nem eu, deve ser só coincidência. 
– Disfarça, eles estão vindo pra cá! 

E como era esperado, eu não disfarcei nenhum pouco, minha cabeça se virou rapidamente e eu tenho certeza que meus olhos se arregalaram tanto que eu tinha certeza que quase saltaram pra fora. Nossos pais estavam vindo em nossa direção, todos muito sorridentes e agindo como se fossem amigos de anos. Meu coração começou a ficar acelerado à medida que eles se aproximavam e meu coração nunca falhava, era através dele que eu sabia que ia ter um mini infarto. 
– Vejo que já se conhecem! – meu pai disse, sorridente assim que chegou até nós, os quatro carregavam uma taça de champanhe na mão. 
– Somos do mesmo colégio. – Niall respondeu, já que eu não conseguia falar nada. 
– Filha esses são Amy e Brad Horan, pais de Niall. Sem ela com toda certeza essa festa não seria possível, o sucesso da empresa, em partes, foi ela quem fez acontecer. – Enquanto meu pai dizia os dois me cumprimentavam. 
– É um prazer.
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– Eu que o diga, você é linda! – Amy disse, me admirando. "Vaca", pensei. 
– Porque nunca falou dela pra gente, filhão? – o pai de Niall me parecia ser um escroto, mal sabia que tinha um chifre enorme pendurado na sua cabeça. 
– Somos amigos a pouco tempo e também não achei muito relevante. – Ele estava visivelmente envergonhado. 
– Que bom que se dão bem. – minha mãe estava tão radiante que nem parecia que passou o dia inteirinho dando acessos de raiva – Estávamos conversando de nós jantarmos, todos juntos algum dia e agora que descobrimos que vocês são amigos, vejo que isso vai se realizar. 
– Com certeza vai ser muito legal, é só marcar. – Eu disse com um sorriso falso. 
– Em breve. – A mãe de Niall respondeu e eles saíram conversando do quanto a casa era linda e grande. 
– O que foi isso?! – eu disse me virando pra Niall, estava tão chocada com que havia acontecido que quase dei um soco nele, mesmo não tendo nada a ver. 
– Acredite, eu não faço ideia, mas foi estranho. 
– Quase desmaiei aqui e você nem pra me ajudar! 
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– Queria que eu fizesse o que? Estou tão assustado quanto você, não sabia como eles eram íntimos. – eu o olhei e revirei os olhos – Tá, eu sei que eles andam transando mas não tão íntimos a ponto de marcar um jantar. 
– E com a gente junto, eles não têm um pingo de vergonha.  
– Se acalma, vamos começar a espionar ou não? 
– Vamos, isso me deu uma vontade incrível de foder com a vida deles. 
– Pensou por onde podemos começar? 
– Vem. 

Puxei Niall pelo braço e seguimos pra escada. No caminho ele deixou sua taça com ponche com o garçom que não entendeu nada. Subimos as escadas de um jeito sorrateiro, mas era um pouco difícil já que eu me sentia observada a todo momento. Já no segundo andar, o guiei até uma porta grande, era a mais chamativa da casa, olhei para os lados e Niall fez o mesmo, mas parecia não estar entendendo nada. Abri a porta com cuidado e puxei ele pra entrar rápido. Luzes fracas se revelaram e um escritório todo amarronzado também. Era bem rústico, meu pai gostava disso. Uma grande mesa de madeira no centro da sala com um computador ligado e vários papéis em cima era o destaque, depois, claro, da prateleira cheia de livros de empreendedorismo e administração. Não me interessava nenhum pouco por isso. 
– Samantha não podemos mexer aqui, é o escritório do seu pai. 
– E daí? Quer lugar melhor pra procurar algo? Aqui deve ter algum tipo de prova, sei lá. Só procura, mas não bagunça. 

Niall começou a procurar na gaveta de gastos do meu pai, era particular mas logo descobrimos que ele era muito desorganizado com papéis, estava tudo misturado com coisas da empresa então ele deveria procurar com atenção. Enquanto isso eu mexia no computador, não tinha senha e percebi o quanto meu pai também não tinha noção do quanto era importante uma senha nas suas coisas pessoais. Entrei em sua conta bancária, não demorei pra descobrir a senha, era a data do meu aniversário. O extrato da conta tinha gastos enormes e extravagantes e eu fiquei muito chocada, restaurantes caros, as transações pra realizar a festa de hoje, com toda certeza ele deveria estar ganhando muito dinheiro. 
– Niall, aqui não tem nada. – eu disse, apagando o histórico e me virando pra Niall, ele estava paralisado enquanto olhava um papel. – O que foi? 
– Samantha, olha isso. – ele me mostrou o papel – Nesse dia, seu pai fez uma compra em uma loja de um estilista... 
– E o que isso tem a ver? 
– Sam, esse é o estilista que a minha mãe vai e na mesma data, ela meio que chegou com um vestido caríssimo em casa. 
– Deixe-me ver. – peguei o papel de sua mão, era um comprovante de pagamento, o ateliê do estilista não era na cidade, mas o preço já dizia que ele era realmente muito bom. – Tira uma foto disso, podemos deixar como uma prova, temos que ir visitar esse cara, descobrir se eles foram juntos ou se foi um presente qualquer. 
– Caro demais pra ser um presente qualquer. – ele disse fotografando, em seguida digitou algo no celular. – O ateliê dele fica a alguns quilômetros, não é muito longe, podemos ir depois da aula. 
– Tá, tá bom. – Eu fechei a pasta e guardei onde estava. 
– Temos que sair daqui, vão sentir nossa falta.  
– Tá, já vamos... eu só queria fazer algo antes. 
– O que? – ele já estava perto da porta e se virou pra mim. 


Foi mais forte que eu, quase corri rumo a Niall e lhe dei um beijo tão intenso. E ele correspondeu, fiquei surpresa por não saber o que tínhamos, mas agora a certeza que tínhamos algo além de amizade estava grande. Era bom, muito bom. As mãos dele apertavam a minha cintura de uma forma tão boa que eu já sentia os arrepios de pura excitação. Sem falar nada, Niall me puxou para a poltrona de couro do meu pai e eu me sentei em seu colo. Quando percebi ele já estava dentro de mim e aquilo era tão bom, que a boca dele não desgrudava da minha, se não os gemidos sairiam tão altos que alguém ouviria. Aquilo era maravilhoso e não queria mais sair dali 

Rebeca P.O.V's 
– Que surpresa te ver aqui! – me virei tão rapidamente que o champanhe na taça fina quase caiu no meu vestido. 
– Como iria perder essa festa? Sem condições. – Tom era um cara legal e ele me adorava. Eu também gostava muito dele, era um coroa bem fácil de suportar. 
– Você viu a Sam por aí? Ela sumiu. 
– Não vi, Tom. Cheguei agora, me desculpe. 
– Sem problemas vou continuar procurando. 

Ele saiu apressado, tinha perdido a filhinha querida dentro da própria casa. Eu sei que meu lugar agora deveria ser debaixo das cobertas assistindo a Orphan Black mas era difícil não vir a uma festa. Eu não me importava de estar sozinha, nunca me importei com a solidão, aliás, ela estava sendo uma boa amiga. A música do ambiente era suave e tinha garçons por todos os lados, servindo bebidas e algumas comidas que estavam maravilhosas. Os White sabem fazer uma boa festa. 
– Te conheço? 

A voz me fez virar rapidamente, nunca havia visto um Deus grego antes, mas agora já poderia tirar isso das coisas nunca vistas na vida. Não sabia o que responder, apenas fiquei olhando pra cara daquele homem como se ele fosse uma obra de arte e tenho certeza que pareci muito tosca. 
– Desculpa se te assustei, te vi sozinha e resolvi vir conversar um pouco. 
– Desculpa, eu te conheço? – perguntei. 
– Ainda não, creio eu. Sou Brandon, Brandon Rivers. – Ele disse, pegando minha mão livre e a beijando de leve. 
– Continuo não te conhecendo. – Disse soltando minha mão da dele. 
– Sou novo na cidade, negócios recentes, sabe? 
– Está muito desleixado pra um homem de negócios. – Eu dei um sorriso, com toda certeza estava flertando com ele. 
– Olha eu vou ter que concordar, infelizmente. 
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– Mas te cai bem esse estilo – bebi meu champanhe enquanto o encarava. 
– E esse cai bem em você, mulher formal. 
– Mulher formal? Quem me dera, estou atolada de coisas da escola e mulher de negócios está longe da minha vocação! Eu nem deveria estar aqui, briguei com a filha do dono da festa. – Brandon me olhava fixo enquanto eu falava. 
– Então quer dizer que ainda está na faculdade? 
– O quê? Não, eu tenho dezesseis anos! – a cara dele era de espanto. 
– Confesso que estou tão chocado que nem sei o que dizer... 
– O que está acontecendo aqui? – Eu e Brandon nos viramos ao mesmo tempo e encaramos Zayn, sérios. Não sei o que ele estava pensando, mas o direito de vir aqui tirar alguma satisfação comigo ele não tem. Não deu nem tempo de responder, mas Brandon saiu de perto assim que percebeu que o clima ficou tenso entre nós. – Rebeca, quem é esse cara? 
– Não faço ideia, mas não tinha o direito de vir aqui desse jeito. 
– Eu só queria saber o que estava acontecendo, ele estava todo atirado pra cima de você. 
– E daí? Achei que já tinha dito que estou confusa... o que você está fazendo aqui? 
– Eu que te pergunto, meus pais tem negócios na cidade, mas que eu saiba a sua mãe não. 
– Pelo jeito todo mundo tá investindo na cidade e eu esqueci disso. – Revirei os olhos, tinha esquecido completamente que os pais de Zayn também eram empresários. 
– Na teoria quem está me seguindo é você. 
– Eu nem disse que você está me seguindo. 
– Mas pensou que eu sei. – Ele deu uma risada debochada. – O que sua amiga disse sobre você ter vindo? 
– Não vi ela ainda, e mesmo se tivesse visto, ela me convidou antes mesmo de brigarmos e em nenhum momento ela me desconvidou. 
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– Caralho, Rebeca. Perdeu mesmo toda a vergonha na cara. 
– Nunca tive. – disse pegando um petisco da bandeja do garçom que passava – Aliás, tenho certeza que só está aqui porque sabia que eu viria, você nunca se interessou por nada do que seus pais fazem. 
– Não seja tão convencida. 
– E além de convencida é penetra. O que está fazendo aqui? – era Sam, quase toda descabelada e como já era de se adivinhar vinha acompanhada de Niall, ele parecia mais tonto que o normal agora. 
– Penetra uma ova, você me convidou. – Respondi. 
– Mas achei que teria o senso de ficar em casa. 
– Aí pelo amor de Deus, não  afim de discutir o que deveria ou não fazer com uma pessoa que já declarou guerra contra mim. 
– E que no caso nem deveria. – Zayn me defendeu – Como agiria se ela tivesse te contado sobre seu pai? Tenho certeza que não acreditaria e tenho mais certeza ainda que quando Niall te contou você duvidou dele. 
– Isso é verdade. – Niall confirmou. 
– Você não precisa de mais um inimigo, Samantha. Você precisa de quem te quer bem do seu lado... você e Niall, que também se recusa a voltar ser meu amigo. É difícil, mas nós tomamos atitudes que achamos ser melhor para todos nós e nenhum de vocês dois aceitou. Espero que fiquem bem com tudo isso. 

Zayn me puxou pelo braço e fomos para o outro lado da sala, fiquei em silêncio a maior parte do tempo, até ele ir buscar algo pra bebermos. Corri para onde meu carro estava e dirigi o mais rápido que pude. Umas das últimas coisas que imaginava era que Zayn faria Sam voltar a falar comigo ou algo do tipo... nem sei o porque de ter fugido, só queria um pouco de espaço, mas não sabia onde conseguir isso. 

CONTINUA... 

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